Com a física da época, haveria uma forma de descobrir se você está em movimento, caso corresse na velocidade da luz: é só olhar para trás que não veria nada, já que estaria mais rápido que a luz. Como isso vai contra o Princípio da relatividade, Beto viu que algo estava errado.
Assim, para manter o Princípio verdadeiro, só haveria uma maneira, que é afirmando que a velocidade da luz é constante, tanto em relação a quem está em repouso quanto em relação a quem está em movimento uniforme.
De um raio de luz, não tem como escapar: por mais rápido que você corra, ele sempre vai iluminar você, e vai estar sempre se movendo na mesmíssima velocidade. Mas por quê?
Se você pedir ao seu amigo Geraldo para segurar um relógio deses, poderá ver que o pontinho luminoso está se movendo na velocidade da luz.
Se um relógio fosse levado a um quarto da velocidade da luz, por exemplo, a luz teria que andar em zigue-zague para alcançar o relógio, ou seja, percorreria mais espaço,e como a velocidade da luz é constante, o relógio funcionaria mais devagar. Em outras palavras, para isso acontecer, o próprio tempo passaria mais devagar.
E isso só vale para quem observa do lado de fora, parado. Esse efeito vale para qualquer velocidade, porém, como no nosso dia-a-dia andamos em velocidades extremamente inferiores à luz, a diferença é imperceptível.
Logo, se você pusesse sua tia-avó amélia num foguete transparente, acelerasse o foguete até perto da velocidade da luz e ficasse aqui na Terra, a salvo, veria os movimentos do corpo dela ficando mais vagarosos á medida que o foguete fosse mais depressa.
Se sua tia olhasse para você, seu relógio de luz, seu coração e sua cabeça continuariam tiquetaqueando, batendo e pensando no mesmo ritmo de sempre, mas ela enxergaria tudo lá fora andando mais devagar.